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20 de fev de 2020
Atualizado: 4 de ago de 2020
Durante o verão é comum passarmos mais tempo ao ar livre. Atividades como caminhar no parque, ir a praia e fazer praticar esportes se tornam mais frequentes e prazerosas. No entanto, a exposição excessiva ao sol pode trazer alguns problemas e consequências graves para a pele. Por isso, é indispensável tomarmos alguns cuidados para nos proteger, evitar a longa exposição ao sol e, assim, também prevenir o risco de câncer de pele.
De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de pele é o mais recorrente no país, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados. A boa notícia é que quando detectado precocemente o tratamento pode ser bem eficaz. O diagnóstico deve ser feito por um dermatologista, mas é fundamental que o paciente observe as mudanças na pele e procure um médico assim que tiver suspeitas sobre manchas e pintas que não reconhece.
A medicina do trabalho tem o dever de zelar pelo bem-estar e saúde dos colaboradores de uma empresa. Se você perceber qualquer alteração no seu organismo e pele, pormenor que seja, procure o médico do trabalho da sua empresa e peça orientações.
Alguns estudos também apontam que 80% dos sinais de envelhecimento da pele estão relacionados à quantidade de exposição ao sol que o indivíduo teve ao longo da vida. Sendo que, quanto maior, mais chances de ter rugas, manchas, sardas e alterações na cor da pele.
O filtro solar, popularmente conhecido como protetor solar, sem dúvida é o cuidado e a precaução mais importante para proteger a pele durante os períodos de longa exposição ao sol. Ele impede que os raios Ultravioletas cheguem nas camadas internas da pele (derme) e também ajuda a cuidar da camada externa (epiderme). O protetor leva em torno de 20 a 30 minutos para estabilizar. Por isso, é fundamental que seja aplicado antes do horário de exposição. Leia o rótulo do produto, siga as instruções e respeite os intervalos entre uma aplicação e outra.
Os horários de exposição também contribuem para aumentar ou diminuir o risco para a pele. De modo geral, a recomendação médica feita pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, é evitar os horários entre 12h e 16h, já que, nesse período, há uma maior emissão de raios ultravioletas. No entanto, nem toda exposição ao sol é prejudicial, até porque a vitamina D é vital para o funcionamento do corpo humano. Mas procure tomar sol nos horários indicados.
Se a intenção é proteger a pele, saiba que acessórios como chapéus, roupas com proteção UV, sombreiros, barracas e guarda-sol são grandes aliados. O mais indicado é optar por tecidos tratados para bloquear os raios solares. Mas, em alguns casos esse material acaba sendo difícil de ser encontrado ou muito mais caro. Sendo assim também é indicado o uso de tecidos naturais, como algodão e linho, que absorvem 50% da radiação. Já tecidos sintéticos, como o nylon, bloqueiam apenas 30% da incidência dos raios e, por isso, devem ser evitados..
O óculos de sol tornou-se um item de moda. Mas, a verdade é que ele é um acessório muito importante para proteger os olhos da incidência de luz solar. É importante observar a qualidade das lentes para proteger os olhos desde a superfície até a parte mais interna da retina.
Após as horas de exposição ao sol também é importante cuidar da pele. Tomar banho com sabonete neutro, retirar o protetor solar e lavar com bucha ajuda na regeneração do tecido celular. Após o banho, cultive o hábito de hidratar a pele. Cremes a base de óleos naturais e babosa são os mais recomendados para hidratação da epiderme.
Com a longa exposição ao sol é comum ficarmos mais vulneráveis à desidratação. Preste atenção aos sinais de desidratação. Para evitar os riscos, cultive o hábito de beber dois litros de água por dia. Bebidas isotônicas também são ótimas para repor os sais minerais perdidos pelo suor. Tenha sempre uma garrafa de água em mãos e preste atenção para identificar os sinais da desidratação.
Mesmo tomando algumas precauções, períodos de longa exposição ao sol podem causar queimaduras na pele ou insolação.
No caso da queimadura de sol, o ideal é passar água corrente em temperatura ambiente. O paciente pode usar soro fisiológico para lavar a região e hidratar a pele com produtos pós-sol. Se a queimadura gerar bolhas é recomendado procurar um posto de saúde e atendimento médico. Quanto à desidratação, a orientação é ingerir líquidos, de preferência água e alimentos leves. Em casos extremos também é importante procurar uma unidade básica de saúde.
Este artigo foi escrito por Juliana Colognesi